Nos primórdios da civilização já se podia observar a idéia de uma garantia mútua, coletiva e social de indivíduos. Nos anos de 4500 ACo papiro "Les Tailleurs de Pierre de la Basse - Egipte" registrou uma
"caixa"com o objetivo de socorrer vítimas de certos infortúnios, como entre os operários que construíram o primeiro grande templo dos judeus em Jerusalém na Idade Média e, ainda, o monopólio da caridade assumido pela Igreja
com os soldados pós-guerra.
No período de 753 a 510 AC , ou seja, no Império Romano, já se notava a preocupação em registrar os nascimentos e as mortes ocorridos entre os habitantes de algumas regiões, e foi Domitius Ulpiames, prefeito de Roma, que deu os primeiros passos para o desenvolvimento do "seguro de vida", pois, considerado o maior economista de sua época, interessou-se pelo assunto e estudou documentos sobre "nascimentos" e "mortes", sendo que suas observações concorreram para o progresso da atuária, daí o título de "o primeiro atuário da História".
No século XVII, na Inglaterra e Holanda, instituições mercantis se comprometiam, mediante recebimento de uma quantia única, em dinheiro, a pagar a determinadas pessoas, pensões vitalícias, em cumprimento das disposições testamentárias ou de natureza semelhante, das quais desejavam se livrar os constantes devedores.
As quantias únicas, consideradas equivalentes aos compromissos assumidos pela instituição mercantil, eram determinadas por meio empírico, sem nenhum fundamento científico, insuficientes à responsabilidade a que se destinavam, pois a operação não raramente resultava na bancarrota do respectivo "segurador", com prejuízos irrecuperáveis para os beneficiários das pensões contratadas, na maioria por viúvas e órfãos.
Ao mesmo tempo, os próprios governos realizaram operações desta espécie, onde empenhavam-se em vender aos seus súditos títulos públicos que asseguravam ao tomador a percepção de uma renda vitalícia. Logo, a correta
determinação da importância em dinheiro a ser cobrada em contraprestação dessa obrigação a prazo incerto, naturalmente lhes interessava de perto, e acabaram encarregando seus melhores matemáticos de estudar o problema e encontrar a solução.
A base matemática necessária havia sido estabelecida no mesmo século por Pascal e Fermat, na França, idealizadores do cálculo da probabilidade. De Witt, na Holanda, Graunt e Halley, na Inglaterra, estudaram o problema levando em conta as leis da probabilidade e a longevidade humana, deduzida esta dos registros de nascimentos e óbitos.
Havendo De Witt recomendado uma elevação substancial no preço de venda dos referidos títulos públicos, o que não agradou ao governo da Holanda - este suprimiu seu relatório durante dois séculos. Por outro lado, o relatório completo de Halley, matemático e astrônomo,descobridor do cometa que leva seu nome, publicado em 1693, recebeu ampla publicidade e tornou-se a pedra angular da nova ciência, posteriormente chamada de "matemática atuarial".
JURAMENTO DO ATUÁRIO
"Prometo, no exercício da profissão que me confere o diploma de Bacharel em Ciências Atuariais , cumprir os sagrados deveres inerentes ao meu grau, tendo em vista os interesses que me forem confiados, mas subordinando-os aos preceitos da ética e dos ensinamentos da Ciência Atuarial, para o bem do Brasil e da Humanidade".
Símbolo e Cor do Curso
A formação de Atuária iniciou-se pelo Decreto nº 20.158, de 30 de junho de 1931.
Em 22 de setembro de 1945, quando os cursos de Ciências Contábeis e Ciências Atuariais foramaglutinados pelo Decreto–Lei nº7.988, os cursos passaram a utilizar a cor rosa, pois esta cor já pertencia ao curso de Ciências Contábeis.
Com a separação dos cursos em 31 de junho de 1951 pela publicação da Lei nº 1.401, a cor rosa permaneceu sendo do curso de Ciências Contábeis e muitos formandos em Ciências Atuariais passaram a utilizar como símbolo a ampulheta e como cor o azul real.
Assim, a partir de consulta aos Conselhos Regionais Profissionais por tradição (usos e costumes passados de uma geração para outra), conforme publicado no ATUAR 72, ano X, de março e abril de 2005, foram adotados e oficializados para os cursos de Ciências Atuariais no Brasil, pelo IBA, o símbolo ampulheta e a cor azul-real.
Fonte: Instituto Brasileiro de Atuários
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